quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O objeto.

Não consigo ver no mundo, nas coisas, nos acontecimentos do cotidiano, nas pessoas e nas suas atitudes, 
o objeto.
Antes sim, vejo, observando a minha volta,  a busca incessante da sobrevivência, que não é mais natural, é propositadamente exclusiva, muitas vezes vil e sem regras. E o objeto principal, que é a vida, não vejo, está relegada ao segundo plano, estar vivo, não é mais uma dádiva, é normal, é banal, isso é incrível, mas é o que há.
Entre os humanos, isso é bem pior, mas está em todo lugar, é só observar. 
Claro que existem momentos, de primorosa emoção, devido ao resquício de irracionalidade que ainda temos,
em contraponto com a racionalidade de adquirimos com evolução.
Dizer dessa forma, parece que a evolução não foi boa, mas é claro que foi, só que ela trouxe outras coisas.
A evolução trouxe o ´´se achar melhor que´´, vemos isso o tempo todo e o objeto que é a vida é esquecido.
O desejo de saciar o desejo é o que importa, mesmo que o outro não tenha a mesma sorte. Mas como disse acima, existem os momentos de primorosa emoção, e é isso que nos enche da chamada esperança. Assim vamos seguindo com a evolução e tudo está evoluindo pra um outro estágio, o estágio da inércia.

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